Cigarro Eletrônico e Anestesia

O cigarro eletrônico causa uma série de alterações no organismo humano, sendo que a gravidade das mesmas varia para cada indivíduo. Algumas pessoas podem apresentar uma inflamação pulmonar, aumento da reatividade brônquica e de secreções. Em casos mais avançados podemos encontrar provas de ventilação pulmonar mostrando padrão restritivo ou obstrutivo, gasometria arterial com alcalose respiratória primária ou até mesmo infiltrado pulmonar e opacidade bilateral em exames de RX de tórax e tomografia pulmonar. Considerando essas alterações, se um paciente necessitar de ser submetido a anestesia para um procedimento cirúrgico qualquer, devemos ficar atentos para manipulações em vias aéreas, visto que durante a intubação orotraqueal ou até mesmo uma locação de máscara laríngea, poderemos ter um broncoespasmo devido a hiperreatividade brônquica. Ainda temos que lembrar que um dos componentes do cigarro eletrônico pode conter nicotina ou THC. Essas substâncias podem causar arrtimias de difícil controle quando sofrem interação medicamentosa com aquelas utilizadas nos procedimentos anestésicos cirúrgicos.

Cigarro eletrônico e ambiente de cabine

Devido ao uso do cigarro eletrônico o indivíduo pode ter alterações pulmonares como infiltrados inflamatórios e aumento de secreção pulmonar. O ambiente de cabine das aeronaves comerciais é pressurizado semelhante a uma altitude de 8mil pés. Nessa altitude a pressão parcial de O2 é menor do que aquela medida ao nível do mar. Portanto passageiros que fazem uso de cigarro eletrônico estão sujeitos a uma hipóxia durante voos comerciais. Assim sendo, esses passageiros podem desenvolver alterações cognitivas, cefaléia, dispnéia, fadiga ou até convulsões dependendo da gravidade do quadro em questão.